Cooperativismo Solidário é tema de palestra em evento acadêmico

“O cooperativismo solidário resgata valores e costumes importantes que estiveram e estão presentes entre os povos indígenas e as comunidades quilombolas”. Daniel Rech

Promovida pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), a Feira Acadêmica da Economia Solidária 2021 reuniu pesquisadores do Brasil e do exterior. Daniel Rech, assessor da Unicopas, falou sobre a história do cooperativismo.

“Antes de falar sobre cooperativismo, eu preciso falar sobre cooperação”, disse Daniel Rech, assessor da Unicopas (União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias) no início da palestra ‘A história do cooperativismo no Brasil e no mundo, com reflexão sobre sobre a cooperação nas comunidades quilombolas e povos indígenas’, realizada na última sexta-feira, 3 de dezembro, durante a IX Faesol (Feira Acadêmica da Economia Solidária). O evento ocorreu concomitante à Reunião Anual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia, promovida pela UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano). 

Devido à pandemia da Covid-19, as palestras ocorreram de forma totalmente virtual. Os eventos visam difundir e estimular o debate acerca das atividades científicas, extensionistas e tecnológicas, além de proporcionar o intercâmbio da ciência na elaboração de estratégicas para a promoção do desenvolvimento do Recôncavo Baiano.  

Nesta perspectiva, Rech falou sobre componentes essenciais quando o assunto é cooperativismo solidário. De acordo com ele, os princípios da cooperação, da colaboração, do compartilhamento e da solidariedade – que, no Brasil, já faziam parte das relações produtivas com as tradições e modos de vida dos povos indígenas e, posteriormente, com as comunidades quilombolas -, são cruciais na vida de uma cooperativa. 

“Infelizmente essas situações de cooperação no mundo civilizado foram muito apropriadas por setores em melhores condições. As pessoas mais pobres foram convencidas que deveriam ser subordinadas aos dominantes. Essa convicção cultural da subordinação é um dos grandes desafios para o cooperativismo solidário, que traz como base o trabalho livre e autônomo”, destacou Daniel Rech. 

Ao longo da palestra, o assessor também trouxe elementos da regulação do Estado sobre o cooperativismo, bem como os demais desafios para o setor tendo em vista a predominância da exploração capitalista nos setores de produção do Brasil e do mundo. 

Assista na íntegra: