Desde março deste ano, com o lançamento da Plataforma de Ações Estratégicas do Cooperativismo Solidário, a Unicopas (União Nacional das Organizações do Cooperativismo Solidário) tem atuado na incidência política para desenvolver ações conjuntas que contribuam para o fortalecimento do cooperativismo solidário e da Economia Solidária em todo o país.
Nessa terça-feira (20), a organização se reuniu com o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa para apresentar as propostas da Unicopas na construção de espaços no governo para o fortalecimento da Economia Solidária. Durante a reunião, Rui Costa reforçou a importância da transversalidade e a necessidade de políticas do setor em diversos ministérios. No entanto, no entendimento do núcleo do governo, dois ministérios são centrais para o tema: Ministério do Trabalho e Ministério do Desenvolvimento Agrário.
“A Unicopas colocou centralidade na incidência durante o governo de transição nos GTs Agrário e Trabalho. Ambos garantindo estruturas para o fomento do cooperativismo e Economia Solidária. A reunião com o futuro ministro Rui Costa demonstrou o acerto da Unicopas em apostar nestes dois ministérios com histórico de construção de políticas públicas no setor”, observou Leonardo Pinho, dirigente da Unicopas e presidente da Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários).
De acordo com Francisco dal Chiavon, presidente da Unicopas, a participação do movimento no Governo de Transição mostra o quanto a Unicopas está consolidada e unificada para a construção de um país desenvolvido a partir das diretrizes do cooperativismo solidário e da Economia Solidária.
Para Vanderley Ziger, presidente da Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária) e participante do GT Agrário, há uma sinalização de que a Economia Solidária ganhará mais força com o Ministério do Trabalho e no novo Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Essas estruturas de assessoria em ministérios centrais de governo são estruturas que facilitam a articulação e a integração de políticas públicas do cooperativismo solidário e da Economia Solidária”, destacou.
Além de participar de duas áreas estratégicas, a Unicopas também está presente em três grupos de trabalho no Governo de Transição: meio ambiente, juventudes, igualdade racial e populações tradicionais.
Claudete Costa, vice-presidenta da Unicopas e presidenta da Unicatadores, avalia com entusiasmo a participação da Unicopas neste processo de reconstrução do desenvolvimento do país. “Somos uma organização voltada ao cooperativismo solidário e priorizamos o trabalho digno aos brasileiros, isso inclui lutar em diferentes áreas, gerar renda e oportunidades a todos. A contribuição da Unicopas nos GTs mostra claramente que os trabalhadores do cooperativismo solidário, tanto do meio rural como do meio urbano, estão unidos para buscar igualdade e construir políticas públicas voltadas aos trabalhadores. Creio que no novo governo teremos as condições necessárias para incluir e crescer com sustentabilidade”.
Ações conjuntas
Na semana anterior à diplomação do presidente eleito, Lula, a direção da Unicopas realizou uma Plenária online com as quatro centrais afiliadas – Unicafes Nacional, Unisol Brasil, Concrab e Unicatadores, representantes de associações e cooperativas solidárias e parlamentares para discutir o fortalecimento da atuação da Unicopas nos grupos de trabalho do Governo de Transição.
Além das propostas já existentes na Plataforma de Ações da Unicopas, os participantes consolidaram os principais eixos do cooperativismo solidário que possam contribuir para o combate à fome, a geração de trabalho decente e a promoção da conservação e sustentabilidade ambiental com inclusão e participação de setores das Organizações da Sociedade Civil.
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