A 37ª edição do Relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgada nesta segunda-feira (17), mostra o crescimento da violência no campo no Brasil. Em 2022, foi registrado 2.018 casos de conflitos no campo, envolvendo 909,4 mil pessoas e mais de 80 milhões de hectares em disputa em todo o país.
De acordo com o relatório anual sobre violência no campo, os números representam um crescimento de 10,39% em comparação a 2021, quando as ocorrências totalizaram 1.828 casos. No ano passado foram registrados 47 assassinatos por conflitos no campo, um aumento de 30,55% em relação ao ano anterior.
Os dados do relatório também dão destaque para as mortes de indígenas Yanomamis e Guarani Kaiowá em decorrência de conflitos, para os registros de violência na Amazônia e no Matopiba e apresenta números de casos de trabalhadores resgatados de condição análoga à escravidão, que correspondem ao mais alto índice dos últimos dez anos.
O lançamento do relatório anual sobre violência no campo, divulgado pela CPT, ocorreu na manhã desta segunda-feira, no Auditório Esperança Garcia, da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.
Clique aqui e acesse o Relatório da Comissão Pastoral da Terra.
Dia Internacional da Luta Camponesa
Em homenagem ao Dia Internacional da Luta Camponesa, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), inicia nesta segunda-feira (17), a Jornada de marchas, ocupações, atividades de formação, solidariedade e vigílias por todo o Brasil com o lema “Contra a fome e a escravidão: por Terra, Democracia e Meio Ambiente!”.
O MST também lançou um novo Episódio do Podcast Internacionalizemos a Luta, que explica a Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária e discorre sobre o Dia Internacional da Luta Camponesa.