Confira o artigo publicado no Correio Braziliense de Aline Souza, atual presidente da Centcoop/DF (Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal), que faz parte da Unicopas.
O mundo discute em Glasgow, na Escócia, a 9 mil quilômetros de Brasília, o que podemos fazer para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O simples fato de ocorrer esse debate, envolvendo especialistas de todos os continentes, mostra que evoluímos enquanto sociedade, buscando soluções para diminuir o impacto ambiental de nossas decisões de consumo. Mas aqui, nas ruas do Distrito Federal, há ainda muito a avançar e uma proposta aprovada pela Câmara Legislativa pode nos ajudar a aperfeiçoar o sistema.
O Brasil começou a entrar nesse jogo nos anos 1990, quando realizou a Rio-92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, base para as seguintes Conferências do Clima. De lá para cá, colocamos no nosso dia a dia muitas preocupações, como o cuidado com a reciclagem e a coleta seletiva. E é justamente neste ponto, a necessária atenção ao que se faz com nossos resíduos domiciliares, que a Câmara sugere uma mudança de patamar no reaproveitamento de material.
O projeto de lei aprovado dará a cooperativas de catadores mais protagonismo na coleta e beneficiará a sociedade como todo, garantindo economia de recursos públicos que hoje são literalmente jogados no lixo. A proposta cria no DF a Política Pública Brasília Lixo Zero, Arquitetura Sustentável e Energia Renovável, valorizando um dos pontos previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos: a necessidade de os municípios incluírem cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis no processo de coleta seletiva.